TRANSTORNO DE PÂNICO
Conceitos

O que é o transtorno de pânico?
O transtorno de pânico é uma das formas do transtorno de ansiedade, em que se ocorre eventos de pânico inesperadamente.
Os ataques de pânico são fortes e imprevisíveis, por esta razão, algumas pessoas desenvolvem: agorafobia.
O que é agorafobia?
Agorafobia é a evitação de situações em que o pânico pode ocorrer, onde seria difícil esse sujeito fugir ou obter socorro, por exemplo.
Entretanto, alguns indivíduos podem desenvolver o transtorno de pânico sem necessariamente apresentar agorafobia.
Medo desproporcional à realidade - no transtorno de pânico
Ter pânico numa situação em que há risco a vida, como estar no meio de uma enchente, de um tornado ou em outro lugar de perigo é até comum.
Porém, quando o medo ocorre em situações onde não há motivo que o justifique, acrescido de prejuízo ao cotidiano, passa a ser caracterizado como transtorno de pânico.
A crise se inicia de uma hora para outra, e tem a capacidade de negativamente alterar a vida de uma pessoa.
Os ataques de pânico são recorrentes, são norteados pelo medo ou pelo desconforto intenso.
AUTOSSABOTAGEM
Conceito e dicas....
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DEPRESSÃO
Como vencer?
As mulheres são as que mais se queixam do transtorno. Embora, os homens culturalmente sejam encorajados a não sentir medo.
Conheça os sintomas
Transtorno de Pânico

Os tipos de ataque de pânico:
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Inesperado - como o próprio nome já diz, ocorre da pessoa temer a crise de pânico, mas nunca saber quando ocorrerá novamente;
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Predisposto - significa que há possibilidade de ocorrer a crise ou não, tendo em vista a situação onde já aconteceu uma vez, por exemplo, dentro de um cinema, teatro, elevador - a pessoa evitará estar nestes lugares novamente;
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Ligado à situação - onde a pessoa sabe que tem medo de algumas situações, por exemplo, lugares altos ou de dirigir através de longas pontes - onde poderia ter um ataque de pânico.
Durante a crise de pânico é necessário estar presente quatro ou mais dos sintomas:
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Medo de morrer;
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Suor (calor ou frio);
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Sensação de estar fora da realidade ou longe de si mesmo;
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Desconforto no estômago, náuseas;
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Asfixia ou sensação de engasgo;
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Tremor;
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Dores no peito;
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Mal circulação nas extremidades do corpo;
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Taquicardia;
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Tontura, podendo chegar ao desmaio;
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Falta de ar;
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Medo de perder o controle;
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Sensação de formigamento.
Após um taque de pânico veja o que acontece

Vivendo com medo o tempo todo
Posteriormente a uma crise de pânico, o indivíduo pode ficar muito apreensivo sobre as consequências do mesmo (enlouquecer, sofrer um ataque cardíaco, etc).
Tentando evitar novamente uma crise
O ataque de pânico é tão incômodo, que o indivíduo pode começar a evitar situações que possam provocar os sintomas novamente.
Se uma pessoa, por exemplo, sofre o ataque de pânico quando está no meio da multidão, é provável que ela relacione o desconforto à aglomeração. Ela também pode associar algum sintoma físico como possível risco, no qual venha desencadear a crise novamente. Com isso, sua vida vai ficando com restrições.
O comportamento frente aos sintomas é desadaptativo e significante, podendo causar prejuízo para o cotidiano.
O comportamento frente aos sintomas é desadaptativo e significante, podendo causar prejuízo para o cotidiano.

Para ser considerado como transtorno de pânico, os sintomas não podem ser provocados pelo uso de substâncias.
Apreensão excessiva
Pessoas que sofrem de transtorno de pânico são geralmente muito atentas: a qualquer sinal de perigo e de sensações físicas que venham a sentir.
Consequências do transtorno do pânico para a vida

Por que o indivíduo sofre muito no transtorno de pânico?
Passar pelo transtorno de pânico é difícil, mais complicado é ficar apreensivo de sentir todo aquele desconforto novamente.
O medo de sofrer uma crise de pânico pode trazer prejuízo social, profissional e funcional, porque o sujeito tende a se comportar diferente. Com intuito de evitar o ataque de pânico, ele muda a sua forma de agir.
Também é considerado um dos transtornos de ansiedade em que mais se realiza consultas médicas. Com isso, pode acontecer mais evasão escolar e também desemprego.
Evitações mais comuns no transtorno de pânico:
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Transporte público como trem, metrô, ônibus, avião;
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Aglomeração de pessoas como feira, festas, shows;
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Lugares fechados como elevador, túnel, provador de roupas;
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Ficar sozinho em casa;
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Atividade física em que o coração acelera;
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Comer refeições pesadas;
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Assistir filmes de ação e terror;
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Evitar o calor;
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Ficar parado em fila;
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Lugares públicos como cinema, shopping (medo de estar fora de casa).
Desconfiança de que todos estão observando sua crise de pânico
Outro jeito de sofrer, é quando a pessoa passa a sentir vergonha da situação. Principalmente ao julgar que todos à sua volta estão observando e ridicularizando seu pânico. Enquanto que estes, muitas vezes, nem percebem nada o que se passa internamente com ela.
Uma pessoa que sofre de transtorno de pânico tem dificuldade de viver com liberdade, e precisa de compreensão para se sentir melhor. Os amigos e a família podem ajudá-la, dando apoio e incentivando a procurar tratamento.
Quem sou eu?
Eu sou de lua...
Daqui a pouco mudo de fase.
Mell Barcellos
Como cuidar de alguém que sofre de
transtorno de pânico?

Como é o tratamento no transtorno de pânico?
É recomendável que seja procurado um médico para avaliação quanto a necessidade de medicação. Também é importante que seja feito psicoterapia.
O tratamento para o transtorno de pânico tem mostrado resultados motivadores.
O intuito é que a pessoa passe a ter uma redução significativa das crises de pânico e que consiga viver tranquilamente.
Transtorno de pânico - apoio emocional das pessoas mais próximas
Os mais próximos que convivem com alguém que sofre de transtorno de pânico podem não entender o problema, tornando mais difícil a vida daquele que já sofre.
Às vezes, o que uma pessoa assim mais quer é alguém ao seu lado - que a ouça com qualidade.
Ouvir com qualidade é a escuta serena, sem dar palpites e livre de julgamentos: “Eu acho que você deveria”, "Você tem que", "É coisa da sua cabeça" - são observações desnecessárias.
Ouvir com qualidade não é ficar interrompendo o indivíduo, mas é escutá-lo com interesse, procurando entender o que se passa com ele.

A queixa que mais recebo no meu consultório psicológico é permeada por um sistema de incompreensão. As pessoas ouvem o tempo todo de que precisam: "sair nas ruas", "não ficar com medo", "é bobagem sua". Como se um problema psicológico se resumisse a uma questão de "coragem". Sendo que ninguém deseja ficar doente e muito menos permanecer naquilo.
Se você convive com um sujeito que está passando por esse problema, questione de que forma ele gostaria de ser auxiliado?
Se você não sabe o que falar para alguém, procure ao menos deixar claro que ele pode contar com sua presença. É disso que essas pessoas com transtorno de pânico precisam: de apoio, também de tratamento e suporte.
"Abrindo os olhos" entendemos que muito daquilo que é intransponível foi colocado por nós!
Maria Cristina Santos Araujo
Psicóloga SP - 06/108.975