INSEGURANÇA
Complexo de inferioridade - O que é
O que é o complexo de inferioridade?
Alfred Adler (expoente da psicologia do desenvolvimento individual) foi um dos principais teóricos que ilustrou o complexo de inferioridade.
Para o autor, o complexo de inferioridade é constituído por um conjunto de sentimentos de inferioridade. Esses sentimentos prejudicam o sujeito de levar uma vida com mais qualidade, assim ele se torna também inseguro.
Trata-se de um padrão de pensamentos, memórias, percepções, emoções negativas e singulares. Esses elementos influenciam o inconsciente, podendo tornar desadaptativa as ações de um indivíduo, causando também complicações para ele viver em harmonia.
Conheça um pouco daquilo que o faz sofrer
Mesmo que poucas vezes você tenha passado por isso, algumas pessoas experienciam o complexo de inferioridade o tempo todo.
O sentimento de inferioridade permeia o cotidiano do indivíduo e o faz ter uma vida com mais luta, principalmente com muita insegurança.
Se você também se percebe assim, conheça um pouco mais sobre o assunto lendo até o final esse artigo.
O que acontece diariamente com o sujeito?
Existe presente no cotidiano do indivíduo que sofre do complexo de inferioridade a crença de desmerecimento e de dúvida quanto à seu próprio respeito: “Será que eu mereço?”, “Isso é mesmo para mim?”
Algumas dessas pessoas vivenciam também um certo desconforto em suas relações sociais.
Incomodo, timidez, insegurança, geralmente estão todos presentes no cotidiano da pessoa, fazendo-a se sentir menor diante dos outros. Assim, a insegurança pode resultar numa paralisação em áreas importantes da vida dela.
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Atitude reduzida
A pessoa que sofre com o complexo de inferioridade poderá agir de modo a se paralisar frente a vida.
Costumamente, evita correr riscos, fazer coisas novas, porque o ambiente pode ser interpretado como perigoso. Embora, isso seja uma estratégia, não resolve o problema.
Soberba usada como meio para reagir
Também acontece em determinadas ocasiões do indivíduo tentar reagir frente ao sentimento de inferioridade que o rodeia tentando se engrandecer, procurando se tornar alguém admirável e incomum.
Assim, o sujeito tenta mostrar aquilo que não é, ao mesmo tempo em que teme ser descoberto.
A utilização dos vícios no complexo de inferioridade
Outros indivíduos com intuito de reduzir o desconforto que sentem procuram alternativas em meio ao álcool, drogas, sexo, entre outros.
Essa estratégia também não é efetiva, pois faz o sujeito imergir ainda mais no complexo de inferioridade.
Atitude defensiva
A pessoa também pode usar suas próprias defesas para não fazer contato com aquilo que sente, por exemplo, se usando de desculpas o tempo todo.
Mesmo que camufle a sua dor, por outro lado a pessoa não se aproxima de si mesma. Assim, desconhece a capacidade que o faria vencer o problema.
Afastamento das pessoas
No complexo de inferioridade o sujeito costuma dificultar a própria socialização. Contudo, se afastar das pessoas do convívio não o faz sofrer menos com as influências que ocorrem no ambiente.
Com essas estratégias o processo de autorregulação se torna ineficiente, ficando essa pessoa propensa a passar anos no mesmo lugar.
Ciente do que faz e do que lhe acontece, mesmo assim, ela passa por dificuldade em mudar o comportamento repetitivo que a coloca em constrangimento.
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Existe um desejo de ser diferente
Alinhado ao sentimento de inferioridade também existe uma necessidade de gratificação imediata, que se desvela por meio de acusações e solicitações internas: “Eu deveria ser melhor”, “Eu tenho que conseguir fazer perfeito”, “Não posso ser desse jeito”.
Em algumas ocasiões, essa pessoa não fica bem nos lugares que frequenta. Teme o olhar do outro, fica sem jeito, não se sente à vontade, procura não opinar sobre as coisas.
A angústia se faz presente em sua vida. Contudo, essa pessoa gostaria de ser de outra forma, mas é tomada pelo sensação de impotência em certos momentos por não conseguir mudar as coisas.
Muitas das atitudes que realiza vem permeadas pelo medo, precaução e expectativa negativa quanto ao resultado de suas ações. Com isso, esse sujeito se distancia de agir assertivamente, ficando cada vez mais inseguro. Também não se percebe merecedor das coisas boas.
Há sentimento de menos valia que predomina e tira sua espontaneidade. Essa forma de ser dificulta que o sujeito perceba qual sua real necessidade e quais qualidades possui.
As razões que levam ao complexo de inferioridade
Os caminhos iniciais do complexo de inferioridade
Os caminhos podem ser vários para se chegar ao complexo de inferioridade. Porém, há evidências fortes que apontam para o desenvolvimento infantil e sua subjacente relação com o meio.
Hoje se sabe muito mais sobre os efeitos danosos na vida de uma pessoa principalmente relacionada à infância, como maus tratos, falta de suprimento para as necessidades básicas, superproteção, preconceito, educação severa e abuso sexual.
Uma criança que sofre maus tratos, por exemplo, fica propensa para ter uma vida (enquanto adulta) solitária. Assim, se corre o risco dela mesma se desqualificar, tomando isso como referencial para suas tomadas de decisões.
Sentimento de inferioridade primário
O sentimento primário é aquele que se forma por meio das experiências infantis.
Dentro desse quadro está a falta de amparo no qual a criança sente em relação àqueles que cuidam dela. Principalmente em situações onde falta o respeito, o amor e o apoio.
Não significa que a criança precisa ser bajulada o tempo todo, tendo suas vontades todas satisfeitas, porque isso é prejudicial para o desenvolvimento dela. Entretanto, é ideal que se perceba tratada com afeto.
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Sentimento de inferioridade secundário
Nessa fase o adulto já tem um complexo de inferioridade instaurado, e ele cria um sonho cujo alcance o fará se sentir melhor sobre a própria segurança e sucesso.
Vamos imaginar que esse objetivo sonhado não acontece, e, então, o sujeito passa a se sentir mais pessimista consigo, aumentando desta forma o sentimento de inferioridade inicial.
Percebemos aqui que o complexo de inferioridade é um caminho de muitas repetições.
Dependência dos outros
A criança ao nascer até a vida adulta é dependente dos outros.
Sendo assim, esse sentimento de dependência já existe desde cedo em cada um de nós. Porém, com o passar do tempo vamos alcançando autonomia.
E, aí, aquele sentimento de inferioridade vai ficando mais distante. Aparecendo apenas quando cometemos algum erro, mas logo depois se afasta, e tudo volta ao seu comum.
Mas, algumas pessoas não conseguem fazer esse processo de desvinculação, elas interrompem o fluxo, se tornando dependentes emocionais.
As influências do ambiente no complexo de inferioridade
Relações sociais
As relações sociais podem influenciar no modo em que o sujeito se percebe.
Imagine uma situação onde alguém que só recebe críticas à seu respeito tendo o seu modo de funcionar distorcido pelos outros. Como será que essa pessoa estará daqui a alguns anos?
As experiências que temos provem de sentimentos advindos das situações vivenciadas.
Quando alguém é tratado com desumanidade, principalmente quando se refere àqueles que estão mais próximos, a auto percepção poderá ficar distorcida, pois as referências transmitidas foram negativas.
Falta de aceitação própria
Quando não há na própria pessoa a aceitação incondicional de alguma característica física, ela fica tendenciosa a transpor para aqueles que estão a sua volta a mesma condição "de não aceitação".
Por considerar que existe algo de errado nela, suas relações sociais poderão ser impactadas por isso também.
Se você não se aceita, pode também achar que o outro não o aceitará. Entretanto, as pessoas são diferentes, possuem seus próprios gostos, vivências, valores, julgamento.
Ao fazer a "si mesmo" como referencial para tudo, deixando de olhar para o outro como ele é, faz surgir insegurança nessa pessoa.
Quando o outro não te aceita
Todos nós somos diferentes, mas em alguns casos existe uma característica que é exaltada pelo olhar crítico do outro, fazendo com que o indivíduo se sinta mal consigo mesmo.
Todos nós já percebemos alguém sendo referenciado por ter atributos faciais, corporais, mentais. Assim, o ser humano não é considerado dentro de sua totalidade, mas em função de algo que o faz notório.
A característica criticada pode corresponder a atributos de desvalor, advindo muitas vezes do outro.
Com isso, uma pessoa que é dotada de tantas qualidades poderá um dia não se sentir aceita, achando que existe algo de errado com ela.
Preconceito
O preconceito pode ser muito abrangente: raça, religião, status, etnia, orientação sexual...
Trata-se de um julgamento sem mérito e sem justificativa, onde é propagada a rejeição. Se apresenta por inúmeras formas de ataque contra a pessoa que é o alvo.
Mudar pode causar desconforto, porém que pode te levar longe.
Maria Cristina S. Araujo
A pessoa que sofre o preconceito pode vivenciar o complexo de inferioridade também se aceitar aquela ideia errada que envolve o próprio preconceito.
Sabemos que o ser humano é muito maior do que os atributos que a ele são colocados. O preconceito não passa de um pré-julgamento, desmedido, errado, que não enxerga a existência virtuosa do ser humano.
Se você vem passando por isso entre em contato e marque terapia presencial com uma psicóloga em São Paulo/SP.
Veja o que você pode fazer para não sofrer com o complexo de inferioridade
Avalie as expectativas que você tem
As pessoas que sofrem de várias inseguranças tendem a exceder suas expectativas, com intuito de sanar o desconforto interno.
Desta forma, observe o quanto de realidade há nos objetivos que você se propõe a fazer, e o quanto de possibilidade há em concretização.
Analise se realmente é necessário e possível.
Evite as comparações
Também é importante que cesse as comparações, pois só aumentará o problema da insegurança.
Procure todos os dias encontrar algo que possa elogiar em você mesmo.
Quando perceber críticas a seu próprio respeito, questione o quanto de veracidade elas emitem.
Cuide-se mais
Cuide da sua saúde física e mental. Procure se distrair, se relacione com pessoas que te valorizam, mantenha boas amizades, se alimente bem, seja organizado com horários e também com suas coisas.
Quando sair de casa e quando estiver em casa procure ficar de uma forma agradável aos seus próprios olhos. Use um estilo de roupa que lhe caia bem, não porque os outros gostam, mas porque você adora e também fica mais seguro em usá-las.
Observe quais são suas habilidades, aquilo que te difere dos demais, faça contato com isso.
Faça contato com a sua história
Por meio da sua história poderão vir grandes aprendizados. Olhe para a sua história. Faça contato com os acertos e com as vitórias. Então, descubra por meio da sua história quem você foi.
Quem deseja ser daqui para frente? Faça o que for preciso, mas atue em seu próprio crescimento.
"Abrindo os olhos" encontramos a felicidade em nossas escolhas!