CRISE DOS 40 ANOS
A importância do corpo para a mulher

O corpo e sua importância
O corpo é uma transcrição daquilo que fomos, somos e seremos. É ele a expressão do próprio ser humano.
Trata-se de um aparato vasto de possibilidades, onde experienciamos, sentimos e atuamos.
O jeito em que mulher olha para sua crise existencial, se expressará também de forma corporal.
A crise, faz a mulher olhar com mais consciência, sobre o próprio funcionamento, conduzindo também à nova convicção. Por exemplo, se antes ela não gostava de academia, ela pode passar a olhar de outra forma, se antes condenava intervenção estética, na crise ela poderá ter curiosidade quanto a isso, e assim por diante.
Aqueles que estão em sua volta, poderão ficar surpresos com ela, incluindo o parceiro afetivo. É importante que a mulher reflita sobre aquilo que está sentindo, considerando também a própria realidade que a cerca.
Amor e ódio com o corpo
Qualquer relação está sujeita a mudanças, e isto, não está atrelado com a beleza da juventude.
A mudança no corpo é algo que mexe com os sentimentos da mulher. Porém, não é ideal que seja fonte para a falta de autoconfiança.
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Como sair da crise dos 40 anos?
Há mulheres que não suportam passar pela crise da meia-idade. Algumas se divorciam, mudam de emprego, se submetem a tratamentos exagerados de beleza. Enquanto outras, lidam com a crise de forma mais leve.
Para a mulher o corpo tem um importante papel, continue lendo e entenda o por quê.
Dificuldade para lidar com a mudança na crise da meia-idade

A mudança do corpo é importante para a entrada na crise dos 40 anos.
Precisamos considerar, que é nessa fase que ela tem que lidar com a transformação hormonal, menopausa, fim da fertilidade, entre outras questões que envolvem esses aspectos.
Entendemos que a mulher pertence a uma sociedade que por si só, dita algumas regras de beleza, no qual, implica na forma que ela se vê.
Então, essa mesma mulher, que muitas vezes se sujeitou a seguir conforme as regras impostas à ela, sabe que agora, já tem mais liberdade para seguir em frente, sem precisar tanto da aprovação dos outros. Contudo, existe um corpo que sente o passar dos anos.
Existe mulher que passa a vida inteira dando importância excessiva apenas à aparência física. Esse tipo de mulher, geralmente se torna insegura na crise da meia-idade, vindo a sofrer muito. Ela pode inclusive ficar com autoestima rebaixada, também com depressão, principalmente quando percebe que seu corpo mudou.
Cada aumento de peso, cada cabelo branco que aparece, cada visita ao médico a chateia.
"O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente."
Mahatma Gandhi
Ser atraente ou não?
Algumas percebem que não são mais - tão cobiçadas - nas ruas. Outras sentem, que os parceiros não mais se importam tanto com elas como antigamente.
Algumas mulheres neste momento acreditam que devido a idade, perderam o valor e até mesmo a admiração dos parceiros ou dos homens. Por essa razão, o parceiro afetivo precisa ficar atento, para não reforçar essa ideia nela.
Infelizmente, a forma que a pessoa é tratada, influência em sua autoestima. E, com as mulheres na "idade da loba" não é diferente. Mesmo elas tendo maturidade para entender tanta coisa, ainda assim, é um "ser humano", cujas expectativas sobre elas podem ser imensas.
Quando a mulher gosta do corpo - é mais fácil

Existe mulher que consegue olhar para si mesma, se sentindo bem com o corpo que tem. Mesmo diante de uma sociedade que exalta a juventude e discrimina, desprivilegiando à chegada da idade.
A forma como ela viveu até a crise da meia-idade, parece favorecer o modo como ela enfrentará suas questões mais existenciais. Nesse momento, a mulher loba, pode-se tornar muito interessante!
Tenho percebido no consultório de psicologia, que aquela mulher que tende a ser mais flexível, está mais inteira com aquilo que está vivendo, ela também consegue lidar melhor com o corpo que tem.
Outras que expressam um cenário oposto, carregam histórias marcadas por descréditos e narrativas oprimidas, que revelam o efeito negativo da "ditadura da beleza" à todo o custo.
As mulheres que passam mais confiantes pela crise da meia-idade, são aquelas que se apresentam com mais autonomia, conscientes dos próprios limites, sem se forçar a nada.
Elas observam bem, o meio em que estão inseridas, se afastam por assim ser, de pessoas e situações que as oprimem. Elas ficam mais em paz com a própria existência.
São mulheres que cuidam do corpo por se amarem muito, mas não para seguir regras.

Mulheres que não se sentem bem com o próprio copo
O ambiente em que a mulher se encontra, exerce influência na forma em que ela se percebe.
Com olhar valorizado para a beleza e juventude, mediado pela cultura, se faz presente a ideia de que envelhecer é estar cada vez mais distante de um corpo idealizado.
Muitas pessoas aceitam essa conjectura como real. Sem refletir, deixam de considerar aquilo que é importante para elas, fazendo de tudo para alcançar "um ideal imaginário".
Uma vez que desaprovam a si mesmas, se afastam das suas necessidades existenciais.

A questão aqui mencionada, não diz respeito a mulher com autoestima, que procura sempre se manter bem porque se ama. Mas se refere àquelas que partem em busca de um ideal, para estar de acordo com a ditadura da sociedade.
Existem pessoas que repelem qualquer expressão de envelhecimento. Algumas correm incessantemente para as clínicas plásticas, de forma notória a não aceitar as mudanças do corpo.
O problema, não está no fato da pessoa se cuidar, pois isso até é maravilhoso, existem profissionais fantásticos no mercado. Porém, é ideal que a mulher construa outras frentes para focar, além da beleza. Pois, existem áreas na vida que não podem ser negligenciadas.

Nosso corpo, desde que fomos eleitos para a criação, sofre transformações. Quando criança, aceitamos e até saboreamos com o nosso crescimento. Contudo, com o passar dos anos, algo que era puro, passa a ser rejeitado.
Se amando cada vez mais na crise da meia-idade

Aceitação do corpo
Você já deve ter percebido por aí, pessoas maravilhosas reclamando do próprio corpo, não é mesmo?
Então, quando paramos para observar do que se trata a queixa, percebemos que há uma exigência severa quanto a beleza.
Por outro lado, também percebemos outras pessoas, fora daqueles padrões estabelecidos pela nossa cultura, mas que se sentem muito bem. Talvez a forma que o indivíduo pensa sobre si próprio, o faz ficar bem.
Assim, percebemos que a beleza real, primeiro ocorre na cabeça de cada mulher.
A questão da sexualidade
A forma que a mulher se vê, também pode se expressar na sexualidade.
Com medo de ser rechaçada, a mulher pode evitar ficar nua na frente do parceiro ou mesmo evitar relações sexuais. Esse comportamento não ajudará a mulher enfrentar à crise da meia-idade. Contudo, contribuirá para baixa autoestima.
Por essa razão, a mulher precisa primeiro se sentir bem com ela. Se for gordinha não importa, se for magrinha não importa. Entretanto, é importante que ela saiba estar numa relação amorosa com um parceiro que seja positivo para ela.

Relacionamento amoroso abusivo
Caso esteja num relacionamento onde é a todo momento criticada, ao invés de motivada, é preciso que a mulher se posicione, para fazer valer os seus direitos. Isso, também serve para os homens, que muitas vezes, também são rechaçados pelas parceiras.
Acredito que vale a pena investir na relação amorosa, sempre se cuidando, mas com muito amor próprio. Porém, quando se torna uma relação abusiva, é importante que a parte ofendida se defenda, não aceitando passivamente o demérito.
Quando alguém me fala que só considera apenas a parte de fora do parceiro, que corresponde ao corpo, eu sempre me que pergunto: "Em que momento essa pessoa se perdeu?", "O que será que está lhe faltando internamente?"
Possibilidades de uma vida melhor com a chegada da meia-idade

Quando a mulher chega na crise dos 40 anos, ela pensa naquilo que perdeu e naquilo que não é mais.
Claro que não é um momento para ela voltar a viver como uma adolescente. Mas ainda, é hora para resgatar a alegria, que sempre existiu dentro dela, às vezes escondida pelas imposições e outras obrigações do cotidiano.
A crise é um convite, para ela desenvolver o auto suporte.
A crise representa a oportunidade para a mulher viver melhor, através dos moldes verdadeiros, em que esteve afastada até o momento.
Hoje, mais autêntica, a nova mulher pode seguir pela vida, com mais propriedade sobre aquilo que quer ser.
Ela está mais forte e decidida a não aceitar qualquer coisa, principalmente imposições sem sentindo.
Vista-se com o que te faz feliz e não com opiniões!
Mell Barcellos
Cada pessoa pode vencer a crise existencial que um dia chega. Porém, é importante que ela nunca se perca de vista!
"Abrindo os olhos" se alcança uma maior compreensão das coisas!
Maria Cristina Santos Araujo
Psicóloga SP - 06/108.975