top of page
Buscar

DEPRESSÃO: Sintomas e Causas

  • Foto do escritor: Psicóloga Maria Cristina S. Araujo
    Psicóloga Maria Cristina S. Araujo
  • 23 de mar.
  • 9 min de leitura

Atualizado: 4 de abr.

Como a depressão afeta a vida diária de uma pessoa

 

Mulher branca com olhos azuis deitada no sol também azul, está olhando para frente e com semblante de tristeza porque está com depressão.

O que é a depressão?

A depressão é uma doença séria que afeta tanto a saúde mental quanto a física, exigindo tratamento e cuidados adequados.

A depressão é um distúrbio afetivo que provoca sintomas como tristeza intensa, sensação de vazio, perda de prazer em atividades, alterações no apetite e no sono, além de oscilações de humor.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão está entre as principais causas de afastamento do trabalho em todo o mundo. Por isso, é fundamental que o diagnóstico, o tratamento e a prevenção recebam a devida atenção.

Este artigo explora os diversos aspectos da depressão, desde a identificação dos sintomas e os diferentes tipos, até as causas, tratamentos e estratégias de prevenção.


Neste artigo, você também aprenderá a reconhecer os sinais da depressão, conhecerá as opções de tratamento disponíveis e descobrirá formas eficazes de oferecer apoio a quem sofre com essa condição. No entanto, essas informações não substituem uma consulta com um especialista. O tratamento adequado continua sendo a melhor alternativa!



Sintomas da depressão: Como identificar


A Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia que mais de 300 milhões de pessoas no mundo passam pela depressão.


A 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) define os episódios depressivos como períodos marcados por humor deprimido, perda de interesse ou prazer em atividades habituais, além de diversos outros sintomas que comprometem o funcionamento diário da pessoa.


A gravidade do episódio depressivo é classificada em leve, moderada ou grave, dependendo do número e da intensidade dos sintomas presentes.



Sintomas comuns de um episódio depressivo incluem:


Humor deprimido: sentimentos persistentes de tristeza, vazio ou desesperança.


Anedonia: perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram consideradas agradáveis.


Alterações no apetite e peso: diminuição ou aumento significativo do apetite, levando à perda ou ganho de peso.


Distúrbios do sono: insônia (pouco sono) ou hipersonia (sono excessivo).


Fadiga ou perda de energia: cansaço excessivo sem razão aparente.


Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva: autoavaliação negativa ou culpa inadequada.


Dificuldade de concentração: redução da capacidade de pensar, concentrar-se ou tomar decisões.


Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio: ideação suicida ou tentativas de suicídio.



A presença e a intensidade desses sintomas determinam a classificação do episódio depressivo:


Episódio depressivo leve: presença de pelo menos dois ou três sintomas, causando algum desconforto, mas permitindo que o indivíduo continue com a maioria das atividades diárias.


Episódio depressivo moderado: presença de quatro ou mais sintomas, com impacto significativo nas atividades diárias e na capacidade funcional do indivíduo.


Episódio depressivo grave: presença de vários sintomas intensos, que interferem substancialmente na vida cotidiana. Pode incluir sintomas psicóticos, como alucinações ou delírios.


É fundamental que a avaliação e o diagnóstico sejam realizados por profissionais de saúde qualificados, garantindo um tratamento adequado e eficaz.



É possível alguém ter depressão e não saber?

Dois amigos conversam numa sala sobre o fato de um deles ter um possível diagnóstico de depressão e que precisa procurar um médico ou psicólogo

Muitas pessoas não reconhecem que estão deprimidas. Algumas têm receio do julgamento alheio, enquanto outras não conseguem identificar uma razão clara para os sintomas que sentem.

 

O fato é que ninguém deseja receber um diagnóstico de depressão. No entanto, o número de casos tem aumentado, especialmente entre mulheres e jovens.

 

Os homens, por questões culturais, são frequentemente incentivados a reprimir seus sentimentos e a demonstrar força o tempo todo. Como resultado, muitos sofrem em silêncio e só buscam ajuda quando o sofrimento se torna insustentável.

A variação entre crianças e adolescentes é de 2% a 5%. Crianças do sexo masculino em idade escolar estão propensos a apresentar o transtorno disruptivo da desregulação do humor.


Está claro que a depressão não se trata apenas de uma tristeza passageira, mas de um problema psicológico que precisa ser cuidado.

 

O transtorno depressivo precisa de tratamento, assim como de acompanhamento do médico psiquiatra e de um psicólogo.

 ​​Se você se identificou com esses padrões, busque ajuda profissional.


Marque terapia presencial em São Paulo ou terapia online para brasileiros fora do país ou em outras localidades.





Tipos de depressão e como afetam a vida: Guia Completo

​​

Transtorno depressivo maior

O transtorno depressivo maior se caracteriza por alguns sintomas depressivos marcantes na maior parte do dia e quase todos os dias.

 

Alguns sintomas depressivos: humor deprimido, dificuldade para raciocinar, hipersonia, insônia, diminuição do prazer ou interesse em atividades, alterações no movimento e na atividade física, sentimento de inutilidade, culpa excessiva, dificuldade para se concentrar, pensamentos repetidos de morte, ideação suicida, sensação de falta de energia, perda ou ganho de peso.

Esses sintomas geram grande sofrimento a pessoa e impactam seu funcionamento em diversas áreas, como a profissional e a social.

Transtorno depressivo persistente - distimia

Está presente um humor deprimido na maior parte do dia, assim como também na maioria dos dias, por pelo menos dois anos em adultos, um ano para crianças e adolescentes.

 

Os sintomas são persistentes, no qual o indivíduo jamais esteve sem eles por mais de dois meses. 

 

Os sintomas incluem: mudança no sono ou apetite, sensação de pouca energia ou fadiga, dificuldade de concentração, baixa autoestima, recusa em tomar decisões, desesperança.

​ 


Transtorno disfórico pré-menstrual

Os sintomas acontecem durante a fase pré-menstrual e diminuem no início da menstruação ou posteriormente. 

Ao menos cinco sintomas devem ser percebidos entre o grupo A e o grupo B: 

  • Grupo A) Tristeza, ansiedade, choro constante, raiva, irritabilidade, nervosismo, desesperança, sensibilidade quanto a rejeição, pensamentos autodepreciativos, sensação de estar no limite, humor deprimido.

​​

  • Grupo B) Dificuldade na concentração, falta de interesse e prazer em atividades diárias, fadiga, falta de energia acentuada, mudança do apetite, alteração no sono, sensação de estar sobrecarregada ou fora de controle. Alguns sintomas físicos como sensibilidade ou inchaço nas mamas, sensação de inchaço ou ganho de peso, dor nas articulações ou muscular.

Estes sintomas ocorrem na maioria dos ciclos menstruais durante o período de um ano. O prejuízo geralmente é abrangente em áreas importantes na vida. 

Transtorno disruptivo da desregulação do humor

 

Neste transtorno estão presentes alguns sintomas como explosões de raiva, podendo se apresentar através de agressão verbal ou física, com relação a propriedade ou pessoas. Tais atitudes não são coerentes com a realidade e são desproporcionais com a provocação.

 

O comportamento é inconsciente com o nível de desenvolvimento.

 

As explosões de raiva acontecem no mínimo três vezes por semana.

 

O humor entre as explosões de raiva, segundo o DSM V, é persistente irritável ou zangado em grande parte do dia, seguindo assim quase todos os dias.

Transtorno depressivo induzido por substância ou medicamento

Existência de humor depressivo, redução de vontade ou prazer em atividades.

 

Entretanto, há sinais de que os sintomas ocorrem durante ou após a intoxicação ou abstinência de substância ou medicamento. Sendo assim, o produto consumido é o provocador dos sintomas.

 

Transtorno depressivo devido a outra condição médica

Existência de humor depressivo, redução da vontade ou prazer em atividades.

 

Entretanto, há sinais de que os sintomas têm decorrência fisiopatológico direto de outra condição médica. Porém, não é mais bem explicado por outro transtorno mental.

Outro transtorno depressivo especificado

No transtorno depressivo especificado os sintomas presentes apontam para um sofrimento significativo de uma pessoa, podendo causar prejuízo no funcionamento em áreas principais da vida dela. Entretanto, os sintomas não satisfazem todos os critérios para qualquer transtorno na classe diagnóstica dos transtornos depressivos.

Porém, existe uma especificação para os sintomas como: depressão breve recorrente, episódio depressivo de curta duração, episódio depressivo com sintomas insuficientes.


Transtorno depressivo não especificado

Os sintomas presentes apontam para um sofrimento significativo de uma pessoa, podendo causar prejuízo no funcionamento em áreas principais da vida dela. Entretanto, os sintomas não satisfazem todos os critérios para qualquer transtorno na classe diagnóstica dos transtornos depressivos.

 

Neste transtorno depressivo não há informações suficientes para fazer o diagnóstico mais específico, por exemplo, conforme ocorre em salas de emergência.


Qual a diferença entre depressão e ansiedade


Duas pessoas estão sentadas observando uma obra de arte, uma delas tem depressão e a outra ansiedade.

A depressão e a ansiedade são transtornos distintos, mas frequentemente se sobrepõem e podem ser confundidos, pois compartilham alguns sintomas.


Ambos os transtornos podem apresentar sintomas como insônia, fadiga, dificuldade de concentração e irritabilidade, o que pode levar à confusão entre eles. Além disso, muitas pessoas com depressão também desenvolvem ansiedade e vice-versa, tornando o diagnóstico mais desafiador.


A principal diferença é que, na depressão, a pessoa perde o interesse pelas atividades e sente um vazio profundo, enquanto na ansiedade, há preocupação excessiva e constante tensão.


Os dois transtornos podem coexistir e o tratamento pode abordar ambos.


Se alguém apresenta sintomas persistentes de qualquer um dos transtornos, é essencial buscar ajuda profissional para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.



Causas da depressão e fatores de risco

Fatores Psicológicos


Situações que envolvem perdas, frustração, traumas, desamparo, negatividade, baixa resiliência.

 

Fatores Biológicos


Hereditário, transtornos físicos, transtorno metabólico (no cérebro), doenças, problemas com sono e vigília, envelhecimento, estresse.

 

Fatores Sociais


Situações abusivas, tensões, discriminação, isolamento social, limitações, discussões, exigências demasiadas.

Como ajudar alguém com depressão: Dicas e estratégias

 ​

Como agir com pessoas com depressão

 

Assim como ninguém diria a uma pessoa com uma perna fraturada, por exemplo, para se levantar e andar, também não se deve dizer isso a alguém com depressão.

 

A alteração química que o problema ocasiona impacta consideravelmente naquilo que o sujeito sente, pensa e age. 

Se você conhece alguém que está com algum transtorno depressivo, procure deixá-lo saber que você se preocupa com ele, faça surpresas, lhe proporcione aquilo que gosta.

Evite ser autoritário, muitas vezes quando damos sugestões a alguém falamos aquilo que nos serve, mas será que o outro é também assim?

 

Antes de visitar seu ente querido veja se você também está bem, porque o contato com ele exigirá de você energia e disposição.

 

Assim, esteja sempre presente, nem que seja para mandar-lhe mensagens. Tenha paciência, seja generoso, espere, pois uma hora ele vai responder. 

Quando encontrar essa pessoa fale de coisas boas. Procure relembrá-la de situações engraçadas ou dos feitos positivos que ela corajosamente realizou.

Atividade física para depressão

Estudos mostram que a prática de atividade física aumenta a sensação de bem-estar, e diminui a sensação de fadiga, ou seja, equilibra o que falta e o que excede na depressão.

 

Por isso, incentive a pessoa que você gosta e que está com sinais de depressão a fazer uma caminhada ou alguma outra prática física. Se for necessário, acompanhe ela inicialmente.

Com outros esforços no cotidiano, essa pessoa também pode ir conquistando o lugar em que realmente merece estar. Por esta razão é importante a apoiar.

 

Procure também não fazer julgamentos caso ela não consiga sair de casa, mas deixe claro que você está ao seu lado.

 

Questione se possível: "De que forma posso te ajudar?"

​Auxilie a pessoa querida que você gosta a encontrar profissionais da saúde.


Entre em contato agora e tire suas dúvidas ou agende uma sessão de terapia presencial em São Paulo/Capital ou terapia online para brasileiros fora do país ou em outras localidades.



Tratamento da depressão

Mulher branca com cabelo preto, foi diagnosticada com depressão e está sentada num sofá diante de um psicólogo.

O tratamento dos transtornos de humor é mais eficiente quando se começa cedo. Geralmente se faz pela procura de um médico psiquiatra, no qual avaliará a necessidade de medicação e quais fármacos utilizar, dependendo dos sintomas. 

Se for necessário tomar medicação não fique com medo. Hoje em dia os medicamentos são bem modernos. Se indicados com responsabilidade, a chance de eficácia é notória. Conheça mais sobre o assunto. Seria ótimo ser acompanhado por um bom profissional. Existem psiquiatras maravilhosos.

A realização de psicoterapia também é importante. Inclusive ela pode prevenir a recaída e aumentar a qualidade de vida. ​​

Caso essas características aqui apontadas se manifestem em sua vida, considere procurar apoio psicológico.


Agende terapia presencial em São Paulo/SP ou terapia online para brasileiros no exterior ou em outras localidades.





Dicas práticas para lidar com os sintomas da depressão no dia a dia


Ilustração de um lápis simbolizando Dicas práticas para lidar com os sintomas da depressão no dia a dia

Ainda que falte o ânimo, é aconselhável que não desista de lidar com o problema. 

É importante que você faça contato com seu mundo interior e vá buscando realizar coisas simples de início, mas que é possível você dar conta. 

Saiba que nem todos os dias são iguais, assim você pode acordar com mais disposição e outros nem tanto. Mas, nesses dias melhores, o que se pode aproveitar?

Procure não assistir vídeos, séries e reportagens com tonalidade negativa. Também, escute músicas se possível que falam sobre esperança e que geram bem-estar.

Use roupas confortáveis, capriche no banho se você conseguir.

Outro fator importante é o isolamento que frequentemente ocorre. Então, saia um pouco de casa, procure estar próximo daquelas pessoas que você se sente à vontade. Peça ajuda delas para sair um pouco.

Passar pela depressão é um processo que acontece gradualmente. Desta forma, não se pode exigir melhora imediata. Mas a cada passo que for dado rumo a melhora, mesmo que seja mínimo, será revertido em energia para as próximas realizações.

Apesar de se tratar de um transtorno frequente hoje em dia, não se acostume em viver com depressão. ​


Se precisar compartilhar seus desafios, desabafar ou estiver com ideação suicida entre em contato no 188 (Centro de Valorização da Vida). Esse telefone é para acolhimento e funciona 24h por dia.

 


Prevenção da depressão: Estratégias para saúde mental


Previna-se da depressão fazendo isto:

  • Não troque nada pelo sono - durma o necessário;

  • Tenha uma boa alimentação;

  • Faça atividade física;

  • Se distraia, atuando em algo que lhe traga alegria e satisfação;

  • Fale dos seus sentimentos;

  • Interaja com o ambiente;

​​

  • Se afaste de pessoas que não te valorizam...

​​​

Se você percebe que essas informações ressoam com sua experiência, a terapia pode ser um caminho para uma vida melhor. Cuide da sua saúdem mental e existencial! Entre em contato agora!


Maria Cristina S. Araujo

Psicóloga em São Paulo - 06/108.975


 


Gostou do artigo? Compartilhe com alguém que pode precisar dessa reflexão!


OUTROS ARTIGOS QUE PODEM TE INTERESSAR



Comments


Commenting on this post isn't available anymore. Contact the site owner for more info.
Maria Cristina S. Araujo psicologa SP, psicólogo SP, psicologo em São Paulo, psicólogo em São Paulo, psicóloga sp, psicólogo sp, psicóloga em São Paulo, terapia online, psicoterapia online, orientação vocacional, orientação profissional,  orientação vocacional sp, orientação profissional sp,  orientação vocacional em são paulo, orientação profissional em são paulo

Agende consulta pelo WhatsApp

Online/Presencial

Redes Sociais @psicorientacao

  • Instagram
  • Pinterest
MARIA CRISTINA S. ARAUJO
CRP: 06/108.975 | PSICÓLOGA SÃO PAULO 

ARTIGOS DE PSICOLOGIA

  • Os artigos aqui publicados representam alternativas para ajudar pessoas a refletir com conteúdo on-line. Porém, o ser humano não se esgota nisso, pois ele é vasto em suas possibilidades.

 

  • As publicações do Site de Psicologia não têm como pretexto substituir uma consulta profissional a um psicólogo, psiquiatra, neurologista, entre outros profissionais da saúde. 

bottom of page