Passar o resto da vida ao lado da pessoa que ama é o objetivo de quem se casa por amor.
Mas o que fazer quando a situação torna-se um fato presente?
Mesmo que a separação afetiva já tenha ocorrido é na concretude física que muitos se dão conta dos sonhos desfeitos e do impacto da nova realidade.

A SEPARAÇÃO PARA OS PAIS
Então por que muitas pessoas mantem a relação?
De fato, muitos pensam nos filhos.
Os pais precisam saber quanto ao filho que:
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Um ambiente familiar que é exemplo de desamor pode ser prejudicial no desenvolvimento infantil;
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A criança talvez entenda que o casamento anda "lado a lado" com a palavra “desavenças”;
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O filho poderá aprender que divergências de opiniões são resolvidas por meio da agressão.
Ocorre que alguns casais ao se separar, acabam confundindo que o rompimento conjugal ocorreu com o parceiro, mas não com o filho.
Aquele no qual perdeu a guarda, poderá sentir que também perdeu o papel de cuidar da criança, de vê-la e de prepará-la para a vida, vindo a afastar-se.
Mediante a decisão de se separar os pais podem sentir medo de:
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Separar a família e ainda não saber se está cometendo um erro;
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Medo do julgamento crítico dos outros;
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Insegurança de não saber como ficarão as coisas.
Algumas pessoas sentem muita tristeza só de pensar na palavra “fracasso”, que representa a falta de sucesso na união. Fato que a tristeza e a sensação de fracasso vão embora quando se assimila a perda.
Pais separados devem evitar alguns pensamentos que podem levar a depressão:
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“Não sou importante para meu filho.”
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“Meu filho não precisa mais de mim, pois não fui capaz de ganhar sua guarda.”
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“Não tenho direito de fazê-lo sofrer com minha ausência, logo tenho que me afastar para evitar isto.”
Há de se dizer que outros pais devido serem tão apegados aos filhos, tornam-se ainda mais afetuosos devido à distância.
Os pais deixam de ver seus filhos quando:
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Acreditam que são fracassados no casamento e também o são como genitor;
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Para esquecer o passado evitam retornar a casa;
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Deixam de discutir entre si o que é melhor para o filho.
A culpa por ter ido embora
Por sentir-se distante, um dos pais poderá tentar compensar a criança; satisfazendo todos os seus gostos, e ainda a deixando fazer o que quiser.
A separação de fato é difícil, o ideal seria que não ocorresse, porém, não dá para negar sua existência.
Por um lado estão os pais que sentem o peso da responsabilidade, e no outro está a criança que não pode crescer sem educação e apoio.
Neste momento a culpa tem que dar lugar a razão, de que pelo menos os filhos estão crescendo longe de um ambiente com brigas.
Para a criança é importante que cresça na rotina no qual já estava acostumada. Porque são os pais que sabem o que é melhor para ela, e não a própria criança que não tem maturidade para isso.
Toda criança precisa de regra, de limites e orientação, pois só assim aprenderá a lidar com as frustrações da vida.
A culpa de ter ficado com o filho
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A outra parte poderá ter a sensação de culpa, por fazer a criança crescer sem a convivência diária do outro genitor;
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O sentimento de lar desfeito pode ainda gerar um pesar, de que a criança está sendo privada de uma série de vantagens que teria caso a relação conjugal permanecesse;
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A pessoa que ficou com a guarda também poderá sentir uma carga grande sobre si, precisará do apoio do outro, da família e dos amigos.
O que não pode acontecer com os filhos na separação
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Serem usados como meio de ferir o outro;
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Servirem como base de apoio para sustentar os pais;
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Serem orientados a agir como espiões para vigiar a vida do outro, e como meio de passar recados.
Esses são exemplos de quando não prevalece o bem estar da criança, e sim ressentimentos, desejo de vingança e fúria entre os pais.
Aliás, não devemos contribuir que alguém saia de nossa presença sentindo-se triste ainda mais quando se trata de uma criança.
Dificilmente alguém será verdadeiramente feliz fazendo infeliz o outro, pricipalmente numa situação que envolve um filho.
A gratidão anda lado a lado do evoluir e do crescer.
Fazer o que é certo é um ato de coragem.
Mudanças significativas como a separação, podem provocar vulnerabilidade.
É possível observar que algumas pessoas que separam demonstram instabilidade emocional, tendência a desenvolver doenças, sofrer acidentes, perder o emprego, entre outros.
De fato alguns pais, neste momento ficam fragilizados, tendo ainda que cuidar de muitas coisas, principalmente em encontrar uma nova casa, dividir bens e esclarecer aos filhos o que está acontecendo.
O ajustamento dos envolvidos em alguns casos torna-se difícil. E há situações em que é necessário buscar o auxílio de um profissional, que interfira no sentido de facilitar a adaptação, auxiliar para que os pais não decaiam em seu papel e possa viver melhor a nova vida.
Há duas palavras que devem ser usadas juntas: pensar e agir.
“Tudo que nos irrita nos outros pode nos levar a um melhor conhecimento de nós mesmos.”
Carl G. Jung
DICAS IMPORTANTES