PSICOTERAPIA E AUTOESTIMA
Inúmeras vezes nos encontramos diante de situações em que dizemos “ E agora? ”. Não vemos saída para os problemas e acabamos por nos sentir impotentes, fracos e oprimidos.
Quando paramos e observamos o que somos de verdade, nos lembramos de quantos momentos difíceis passamos, quantas coisas enfrentamos e saímos vencedores, quantas portas se abriram onde nada tinha, caminhos floridos em meio a um deserto de dificuldades, criatividade em forma de resoluções.
Situações assim, nos faz observar como temos o potencial para nos resolver. Percebemos quanto poder há dentro de nós, porém, existem aquelas pessoas que não conseguem chegar a isso e se fecham dentro da dificuldade, que vai ficando cada vez maior.
Algumas pessoas extremamente capazes ficam emaranhadas meio a dúvidas, inseguranças e aos medos, não reconhecem que são capazes de vencer.
Quanto de nós já não fizemos da dificuldade muito maior do que realmente era?
Quando não paramos para refletir, achamos que o problema atual é maior do que é de verdade e principalmente maior do que nós mesmos. Desconsideramos totalmente tudo que passamos, nossa história, nosso potencial, nossas vitórias.
O diferencial da autoestima sobre os problemas
Aquele que tem autoestima olha para o problema apenas como mais um, a tantos outros já enfrentados. Sem autoestima o problema poderá se tornar um mártir.
Uma pessoa sem boa autoestima ao invés de pensar em soluções para o obstáculo passa a valoriza-lo. Ao invés de ser uma barreira para ser ultrapassada passa a ser motivo de parar. Ao invés do problema servir para um aprendizado futuro se torna um trauma, e assim por diante.
O maior inimigo muitas das vezes se encontra dentro de nós mesmos, assim como nosso melhor amigo também.
A nossa mente, o nosso ser, controla como vemos os problemas e como os superamos, por esta razão a autoestima é tão importante para o equilíbrio emocional e consequentemente para todo o corpo.
Por outro lado, a autoestima também é uma faca de dois gumes, pois se estiver em baixa o ser total da pessoa não se apresenta conforme sua própria potencialidade, e se estiver em alta às possibilidades serão imensas.
O que acontece com uma pessoa sem autoestima?
O resultado é uma vida cheia de remorso, angústia, ansiedade e tristeza.
Quando a infelicidade passa a se tornar persistente na vida de alguém, significa que a hora de procurar ajuda chegou.
Como é vista alguém sem autoestima?
Quem não consegue se sentir bem consigo também não consegue se sentir à vontade com os outros.
A falta de autoestima é possível identificar naquela pessoa que chegando aos lugares fica facilmente sem graça.
Por sentir inadequação na maioria das ocasiões geralmente se fecha, instante em que pode ser considerada como distante, metida e antissocial, sendo que na verdade poderá ser apenas um caso de insegurança.
Uma pessoa sem autoestima poderá ser muito “boazinha” para os outros, porém, muito má com ela mesma.
Geralmente diz sim querendo ganhar apoio dos outros, sendo que na verdade gostaria de dizer não.
Quem faz apenas aquilo que o outro quer e não pensa em si, poderá ter uma resposta contrária daquilo que espera, poderá dar muito e receber pouco.
As pessoas olham para alguém sem autoestima com pouco valor, geralmente abusam da boa vontade e pouco consideram.
Uma pessoa sem autoestima poderá focar objetivos em cima de coisas sem importância verdadeira, apenas com intuito de surpreender os outros, mas isso não saciará a necessidade interna de apreciação por si mesma, apenas mascarará o problema.
Risco de perder a saúde
Quando uma pessoa se coloca abaixo dos demais o resultado é proporcional ao autovalor que ela se dá.
A autoestima passa a ser problemática quando começa a criar uma série de situações desagradáveis para a pessoa.
O acúmulo de insatisfações, poderá provocar angústia, e até mesmo dependendo do caso corre o risco de se transformar numa depressão ou algo mais sério.
Por esta razão quando alguém verdadeiramente sentir que as coisas poderiam ser diferentes, mas não está conseguindo mudar sozinho deve procurar apoio.
Relação entre terapia e autoestima?
Precisamos da autoestima para reconhecer nossa própria capacidade e vivermos de forma harmoniosa e saudável não é mesmo?
Algumas pessoas são críticas, acusadoras e inimigas de si mesmas, precisando enfim de uma psicoterapia para trabalhar tais questões.
Dificilmente o psicólogo fará um cartaz imenso dizendo “faço terapia para autoestima”, porque o objetivo é traçado em cima de uma demanda, que por sua vez, não é do profissional, mas sim da própria pessoa que será atendida.
Toda pessoa é composta por atitudes - que se reflete na autoestima.
Mas de fato, muitas pessoas procuram o psicólogo com motivos diversos, e alguns problemas estão relacionados a baixa autoestima.
Antes de ter uma autoestima baixa ou alta teve um comportamento que iniciou todo o processo, e fez com que as coisas chegassem para cada um da forma que chegou.
Por sua vez a terapia não pode ser voltada diretamente para a autoestima, mas sim para a pessoa, para o seu modo de agir, para suas ações. Não existe um ponto dentro do ser humano que se chama autoestima e que alterando a mudará. A autoestima é um conjunto de tudo aquilo que pessoa é, suas ações, mode agir e pensar.
Geralmente quem não tem autoestima acumula más experiências que com outra pessoa que se valoriza raramente aconteceria.
O trabalho terapêutico orienta a pessoa a olhar para seu passado com gratidão por todo o aprendizado que foi adquirido, procurando deixar para trás os pesares, rancores e traumas.
O objetivo da psicoterapia está em tirar as más impressões do passado que permanecem no presente, dificultando o desenvolvimento pessoal.
O autoconhecimento também é tratado durante as sessões, considerando que pode estar distorcido pela negatividade da baixa autoestima.
Toda psicoterapia envolve o reconhecimento da situação presente, a forma que age e o que a própria pessoa é de verdade.
Quem passa pelo processo psicoterapêutico com sucesso tem a oportunidade de sentir o presente de forma plena e verdadeira, mudando de um jeito natural a autoestima.
Dentre os resultados da psicoterapia e do desenvolvimento da autoestima podemos citar: maior flexibilidade, autoconfiança, amor-próprio, assim como, o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis, melhoria no desempenho profissional, satisfação pessoal, melhora do humor, entre outros.
Muitas pessoas que já passaram pelo processo de psicoterapia relatam como aprenderam a se amar, a respeitar a si mesmo e ao próximo. De que forma conseguem hoje a defender seus pontos de vista, a não dizer sim para tudo, e como conquistaram a saúde e o equilíbrio.
A psicoterapia não faz milagres, mas procura direcionar a pessoa que é atendida para a conscientização.
Viver bem é sentir-se que não é melhor e nem pior que ninguém, somos no máximo diferentes um do outro.
"Podemos escolher recuar em direção a segurança ou avançar em direção ao crescimento. A opção pelo crescimento tem que ser feita repetidas vezes. E o medo tem que ser superado a cada momento."
Abraham Maslow
