8 DICAS ÚTEIS PARA SAIR DE UMA RELAÇÃO ABUSIVA
Dicas importantes para sair de um relacionamento tóxico
Parte II

Olá, querido leitor! Você está numa relação abusiva?
Conhece alguém que esteja? Compartilhe esse artigo, porque pode ajudar uma pessoa que precisa.
No início o seu parceiro afetivo era aquele alguém que falava exatamente o que você queria ouvir? Te tratava bem, mas aos poucos a situação foi mudando. As pessoas mais próximas de você também não gostam dele? Acham que você mudou, pois está mais triste?
Agora os bons momentos estão ficando cada vez mais raros?
Seu parceiro está agressivo e te culpa de tudo, sendo impossível conversar?
Você também se percebe sem esperança de que a situação mude?
Talvez esteja vivenciando um relacionamento tóxico. Então esse artigo é para você.
40 FRASES MAIS COMUNS
Relacionamento Abusivo
20 FILMES E SÉRIES
Relação abusiva
10 DICAS DE COMO SAIR DE RELAÇÃO ABUSIVA
Parte I
1. Planeje seu futuro financeiro

Muitas pessoas que passam pela relação abusiva se sentem impactadas quanto a questão financeira. A pessoa que é o abusador pode tentar atacar sua vida financeira para que ele fique em vantagem. Então essa pessoa poderá fazer contigo:
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Te tirar do trabalho;
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Atacar sua autoestima para que não tenha força para crescer profissionalmente;
-
Fazer dívidas e colocar no seu nome;
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Comprometer mensalmente seus ganhos...
O intuito é de fazer você ficar preso no relacionamento tóxico.
Muitas pessoas não saem de uma relação abusiva porque a parte financeira está comprometida, outras vezes não têm uma rede de apoio.
Sabemos também que não partimos do mesmo lugar social, sendo assim algumas pessoas enfrentam maiores dificuldades.
Por esta razão, é importante pensar no futuro, conversar com alguém que entenda sobre isso e que possa ajudar.
2. Acusação e mágoa

Se você está num relacionamento abusivo é possível que tenha que lidar com acusações de que você está sempre errado, e que a responsabilidade é sua pelo fato do casal está no fim.
Acredito que isso já é algo que vem acontecendo com você já faz tempo, não é mesmo? Você já deve ter ouvido muitas vezes o provocador dizendo que:
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Fez de tudo por você;
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Você não valoriza nada;
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Teve que renunciar muita coisa para ficar ao seu lado;
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Te sustentou;
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Deixou de ficar com outras pessoas...
O comportamento de acusação pode te levar a um lugar onde você se sinta culpado, sem forças para terminar com a relação tóxica. Então, da próxima vez que você ouvir isso do abusador, saiba que a acusação pertence a ele e não você.
Se o provocador está exagerando em suas mágoas, é porque já percebeu que está te perdendo e quer te fazer permanecer na relação. Já parou para pensar: “Se você é tão ruim para o seu parceiro, por que essa pessoa ainda insiste na relação contigo?”
Você deve ser alguém ótimo provavelmente. Você sabia que os abusadores são especialistas em observar e tentar um relacionamento com as pessoas mais empáticas e maravilhosas? O problema não está em você, mas no seu parceiro afetivo. Contudo, o provocador tentará te fazer pensar o contrário. Então, não compre essa ideia.
3. Converse com um profissional

Consulte um psicólogo especializado em relacionamentos abusivos para orientação.
Muitas coisas acontecem com quem vive um relacionamento abusivo, há muitas perguntas, sentimentos difíceis de lidar. Quando você está com alguém que tem experiência para te orientar “abre-se caminhos para a reflexão e acolhimento”.
Há uma sensação de desamparo e solidão para aquele que está vivendo uma relação tóxica. Isso pode levar a alguma desregulação física e mental.
Podemos observar pessoas que sempre foram saudáveis, que sempre correram atrás das suas coisas ficando mais quietas, não conseguindo ter atitudes. Isso pode corresponder a momentos de muita dificuldade em que essa pessoa teve que lidar com o seu parceiro afetivo, até que ela se cansou. Em psicologia falamos sobre frustração e posteriormente de apatia.
É importante procurar um profissional para entender em que momento você está na relação, quais passos seguintes precisará tomar, o que quer para sua vida, quais condutas vai precisar ter para sair desta relação...
Você pode entrar em contato comigo para marcar uma consulta presencial.
4. Autocompaixão

No momento em que você se dá conta de que as coisas não vão mudar é como se um castelo desmoronasse sobre seu corpo e você sentisse todo o peso das expectativas não realizadas.
Passa um filme na cabeça de todos os momentos em que precisou ser firme, e nessa hora vem muito remorso, também tristeza. O corpo pesa, a cabeça dói, o coração se aperta, ruminações acontecem o tempo todo:
-
Por que eu deixei chegar nesse estado?
-
Eu não me defendi por qual razão?
Não é possível evitar toda essa montanha-russa de sentimentos e questionamentos. Mas em algum momento seria importante você sentir autocompaixão.
Autocompaixão é um ato de justiça e bondade que você tem com sua pessoa. Principalmente se tratando como você trataria o seu melhor amigo.
Esse comportamento vai te ajudando a se fortalecer. Lembrando que o tempo todo você foi uma pessoa colocada para baixo pelo provocador, e agora precisa ter uma atitude amorosa consigo.
5. Lidar com o conflito de “ficar ou sair” da relação tóxica

Você que está enfrentando o dilema de ficar ou sair de um relacionamento abusivo pode vivenciar durante o mesmo dia várias versões de uma vida onde há ou não a presença do seu parceiro afetivo.
O conflito é comum acontecer para aqueles que estão passando por um relacionamento abusivo porque nem sempre a relação foi ruim. Inclusive, "se o abusador não ficasse maleável de vez em quando" você não aguentaria.
No consultório percebo que quando eu tenho que lidar com essas situações, a pessoa que é o paciente se recorda dos momentos felizes, e eu acredito que esses momentos aconteceram, mas eles não permanecem. Sendo assim, hora ou outra o abusador volta a oprimir a vítima.
O sofrimento, a desesperança e o conflito são marcantes nesse tipo de relação.
Se situações ruins ocupam a maior parte da relação, é importante você verificar se realmente faz sentido permanecer nessa situação.
O provocador também dá falsas esperanças de que um dia vai mudar, mas não acontece. Então, será que não chegou a hora de você se atentar mais aos fatos do que as palavras que essa pessoa diz?
6. Medo de ficar sozinho
Percebo no consultório de psicologia muitos com medo da solidão. Eles olham para a idade, analisam como que estão os outros relacionamentos, as pessoas solteiras, e pensam que não conseguirão mais ninguém.
Também acontece da pessoa que foi a vítima ficar tão cansada que deseja não entrar numa nova relação por medo de que tudo se repita.
Mas o que elas não percebem é que já estão sozinhas. As coisas que o provocador faz são tão ruins que ele se torna o pior inimigo que essa pessoa provavelmente já teve, mas como ela está muito próxima fisicamente do parceiro talvez não tenha se dado conta ainda.
Então, procure lembrar de quantas coisas vem fazendo e tendo que lidar sozinho, sem ter suporte. Será que você vai conseguir ficar assim por mais quanto tempo?

7. Cuide da sua saúde

Nem todos têm a oportunidade de se cuidar, porque isso exige uma certa condição financeira. Mas olhando para aquilo que você pode, o que é possível fazer?
Hoje não é só os profissionais que são responsáveis pela saúde. Quando a pessoa cuida de si, ela também é autora desse processo tão importante.
Tomar água, dormir, não pular refeições, fazer uma atividade física, mesmo em casa procurar fazer algo, são exemplos, de quem se cuida.
O que fazia antes da relação? O que você gostava e que hoje não faz mais?
Quem passa por um relacionamento abusivo é comum deixar as coisas que gostava de lado porque a pessoa que é o abusador provavelmente pressionou a abandonar seus hobbies, o intuito possivelmente foi para te enfraquecer. Então, que tal voltar a sua essência?
Claro que também, nós mudamos com o passar do tempo. Assim, olhando para hoje o que te deixaria mais feliz? O que é possível fazer com o que você tem?
Se sozinho não está conseguindo sair da relação tóxica entre em contato e marque terapia on-line.
8. Não se desgaste tanto

A pessoa que é o provocador vai conduzindo a situação para que você se sinta acurralado. Talvez agora você tenha percebido que não importa o seu esforço. Mesmo que faça tudo o que ele pede - o comportamento do provocador não muda.
Eu percebo no consultório de psicologia os pacientes “super alertas” focando o tempo todo no que pode fazer para que o outro não se aborreça. Mas não adianta porque o descontentamento do outro e as explosões continuarão acontecendo.
No final essas pessoas que são vítimas ficam com desgaste físico e emocional.
Quanto mais cansado, mais difícil para você pensar em alternativas de como sair dessa situação. Então, que tal poupar um pouco suas energias?
Você é importante

Viver ao lado de uma pessoa que falou muitas coisas negativas a seu respeito pode te abalar muito.
Mas você tem uma história que já existia antes dessa pessoa chegar em sua vida. Não é mesmo? E agora, você seguirá daqui para frente mais experiente.
Uma pessoa não permanece num relacionamento abusivo porque quer. Existem muitas coisas que envolvem: filhos, financeiro, rede de apoio, saúde...
Não se pode julgar aquele que sofre! Ninguém escolhe para si livremente a dor, pelo contrário corremos o tempo todo dela.
Se possível nos próximos dias se encha de pessoas boas, nesta hora cabe dizer que é importante a higiene das amizades. Ou seja, mantenha perto pessoas que te colocam para cima, pois é ideal se encher de coisas maravilhosas.
Também procure uma ajuda profissional para você elaborar tudo isso que está passando. Você também pode entrar em contato comigo para marcar uma consulta!
"Abrindo os olhos" alçamos o sucesso nos esforçando a cada dia.
Maria Cristina Santos Araujo
Psicóloga SP - 06/108.975