
FALTA DE HABILIDADE SOCIAL PODE SER SINAL DE BAIXA AUTOESTIMA
Você já deve ter visto por aí uma pessoa de nariz empinado, mandona e ainda que se considera a dona da razão?
Para alguns, esse tipo de pessoa pode causar medo, para outros desprezo e estranheza.
Mas você já parou para pensar que muitas das coisas que acreditamos ser muitas vezes passa longe daquilo que parece? Sabia que essa pessoa que se mostra arrogante pode sofrer de baixa autoestima?
A história abaixo é apenas um exemplo de como nos apegamos “aquilo que parece ser”.
Certa manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei.
Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
– Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Prestei atenção no som e respondi:
– Estou ouvindo um barulho de carroça.
– Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia…
Então perguntei ao meu pai:
– Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
– Respondeu meu pai. É muito fácil saber se uma carroça está vazia, por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz…
Aprendendo com as pessoas difíceis
Quando você se deparar da próxima vez com alguém arrogante, e isso pode ser no trabalho, família, vizinhos, reflita se não há algo por trás.
À primeira vista a maioria das pessoas tendem a se afastar daquelas que são orgulhosas, arrogantes e presunçosas, o que é comum, pois cada um tende a ir ao encontro daquilo que é melhor para si, não é mesmo?
Às vezes por trás da máscara da arrogância, do orgulho e da vaidade se escondem pessoas maravilhosas, que vale a pena conhecer, podemos até aprender com elas.
Mas como se aproximar de alguém que eu não gostei? Talvez você pergunte.
A arrogância pode até mesmo fazer parte da característica pessoal de uma pessoa, enquanto que de outra pode ser a realidade de uma máscara sendo usada para se proteger do mundo, e se há necessidade de mantê-la é porque existe uma fraqueza por trás.
Gostamos daquilo que é igual a nós e nos afastamos daquilo que é diferente. Mas até o mesmo o diferente poderá ter seu próprio encanto.
Muitas vezes, o que não gostamos em alguém pode refletir numa característica nossa no qual também não gostamos. Partindo desse pressuposto – podemos aprender com as diferenças.
Pessoas sem autoestima não sabem fazer um bom contato com as outras
Quando uma pessoa não tem autoestima, tão logo ela passa para as demais o seu sentimento de falta de confiança em si mesma e depreciação. Pode se colocar muito abaixo ou pode usar máscaras e se colocar muito acima somente por fachada.
Por se sentir insegura uma pessoa que não tem boa autoestima acaba passando as demais a ideia “Não confie em mim, pois eu também não confio”.
Como uma faca de dois gumes tal pessoa se sente injustiçada ao ver que as demais não confiam nela.
Outra característica comum é o medo de receber críticas, de não ser aceita e por esta razão se afasta do convívio social.
Dificuldade em receber elogio
Se receber críticas é difícil, aceitar um elogio é pior ainda.
Está em dúvidas se uma pessoa sofre de baixa autoestima? Faça um elogio e veja como se comporta.
Quando uma pessoa não confia nela mesma, acaba desconfiando da veracidade de um elogio e isto não tem nada a ver com modéstia, e sim com falta de reconhecimento das suas próprias qualidades.
Elogios verdadeiros não causam constrangimentos, pois representam aquilo que é; o contrário do exagero, aquilo no qual chamamos de bajulação.
Pessoa com boa autoestima – não precisa de bajulação, mas aceita com gratidão um elogio.
Ciúme
Uma pessoa sem autoestima é perita em enxergar os outros como maiores enquanto que se coloca bem abaixo das demais, por esta razão, não poupará esforços para relatar uma porção de características positivas nos outros, enquanto que se desconsidera totalmente.
As crises de ciúme podem ser constantes, se não fala para o outro acaba se trancando e corroendo tudo por dentro, acumulando fatos para uma provável explosão de nervos no futuro, ou contra ela mesma, gerando ansiedade, depressão e outros problemas, como também explodindo com a pessoa que é o objeto do ciúme ou até mesmo com as demais que não tem nada a ver com a história.
Se engana quem achar que sem autoestima o ciúme ocorre apenas com o parceiro de uma relação amorosa, pode ser de tudo, até mesmo de um colega de trabalho, de um familiar e assim por diante.
O relacionamento com uma pessoa ciumenta pode ser muito difícil.
O desapontamento nas relações sociais
Pessoas sem autoestima podem sofrer muito.
Como todo ser humano, todos nós temos necessidades, vontades e aspirações, porém, não temos um livro escrito para que os outros tomem nota, ou seja, para nos fazermos entendidos temos que nos expressar, ponto este que uma pessoa sem autoestima falha.
O desejo que os outros descubram o que quer pode ser muito forte, e quando não ocorre se pergunta: “Mas como fulano não sabia o que eu queria? ” A resposta é óbvia, não deixou claro o que desejava.
E não pense que para por aí, pessoas ressentidas são aquelas que guardam tudo, inclusive as datas e quando menos se espera ela joga tudo para fora principalmente na “cara do outro”. Pessoas assim são ótimas “para fazer os outros se sentirem culpados”.
A consciência das vontades existe, mas a verbalização pode ser pouca, ou então é inadequada ou até mesmo agressiva se a pessoa já não aguentar mais tanta submissão.
O medo de perder, de ficar só, de sentir sensações negativas levam a pessoa a se submeter as vontades dos outros.
Na verdade, todos nós estamos sós neste mundo, o que temos algumas vezes são companhias, veja bem a seguinte questão: Quando você está com dor de cabeça, em quem dói? Não é em você?
Tem companhias que são agradáveis, outras não, mas o que importa é a condição em que estamos para aproveitar a relação, para que seja proveitosa, positiva e feliz.
Quando não estamos bem de cabeça, não fazemos bem para nós mesmos e nem para os outros.
“ Uma hora doce e outra amarga”
Docinho - Uma pessoa sem autoestima poderá se colocar na bandeja para servir aos outros, e não pense que ela fará isso apenas por bondade, mas sim para receber de volta da mesma forma, ou como meio de manipular para que o outro faça exatamente aquilo que deseja.
Alguém que tem vontade própria só dará aquilo que sentir de verdade que deve fazer, momento no qual, poderá deixar chateada uma outra que tem baixa autoestima.
Amarga - Completamente decepcionada com o mundo, com a sociedade, uma pessoa sem autoestima poderá ser totalmente grosseira sem motivo aparente. Ou seja, os outros acharão que ela não tem motivo algum para ficar num estado amargo, mas para ela existe todas as razões.
Uma pessoa sem autoestima aguenta muita coisa, faz muito para os outros e pouco para ela, com intuito de ganhar respeito, consideração, e quando não ocorre se revolta. Por esta razão o relacionamento com uma pessoa assim pode ser muito difícil.
Acertando o açúcar e o sal
Aquilo que é bom em todos os sentidos para nós é doce, e queremos cada vez mais.
Sem autoestima a pessoa desejará o doce, mas para isso consumirá o amargo primeiro, mas por que? Porque ela não vai direto ao ponto.
Se por exemplo, ela quer alguma coisa de determinada pessoa é bem capaz que faça várias coisas para agradá-la, ou então faça pequenas manipulações para conseguir o que quer, podendo o resultado ser o contrário.
Para acertar a dose cada um deve tentar expor com mais clareza aquilo que deseja.
Também vale muito procurar se descobrir, conheça seus pontos fortes e fracos.
Aceite o que não pode ser mudado, porque existem coisas que independem do nosso esforço. Aceite suas imperfeições e lembre-se: assim como todos temos qualidades, também temos defeitos.
Escreva, cole na geladeira ou repita quantas vezes for necessário: Eu tenho o direito de não ser perfeito!
Psicoterapia aumenta a autoestima?
Entende-se que a postura positiva frente a si mesmo promove o respeito e a satisfação, desta forma, pessoas com autoestima são bem fáceis de lidar, são companhias graciosas e simpáticas.
O reconhecimento das próprias capacidades é uma questão muito importante para que uma pessoa com baixa autoestima consiga melhorar suas atitudes inicialmete consigo, resplandecendo posteriormente com as demais, ponto este no qual também é trabalhado em psicoterapia.
A psicoterapia tem como objetivo criar uma base para que a pessoa consiga fazer as coisas que para ela são importantes, ponto fundamental para o crescimento psicológico, mas que é esquecido na baixa autoestima.
A psicoterapia não atua como uma mágica, onde o cliente precisa apenas estar presente para que tudo ocorra.
A psicoterapia é um processo que envolve técnica, cliente e o profissional. Dentro da interação e do envolvimento de todas as partes trabalha-se o pensamento, as ações e por meio da consciência se cresce, ou seja, trabalha-se na pessoa questões que para ela são importantes, ou seja, a queixa.
Uma terapia de sucesso promove o crescimento psicológico e consequentemente ocasiona o avanço da autoestima.
"Quanto mais você treme, mais erra o alvo."
Fritz Perls

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