BULLYING
Como evitar?
Desde tempos antigos as diferenças nunca foram bem toleradas, e hoje não é diferente.
Raramente encontramos alguém que nunca tenha passado por alguma situação constrangedora.
Antigamente o que ocorria nas escolas, nas universidades, na sociedade, ficava por debaixo dos panos. Hoje talvez a gravidade das situações, da quantidade, também da forma em que se propagada tão rapidamente as informações e provoca comoção, tenha popularizado o termo bullying.
O termo é em inglês, remete a atos intencionais e agressivos, que se repetem contra alguém.
Pode acontecer em inúmeros ambientes como no trabalho, na vizinhança, na escola (principalmente)...
Como a intimidação e a humilhação são praticadas?
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Psicológica ou fisicamente
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Direta (bater, roubar...) e indireta (calúnias, difamação...).
Alguns desses comportamentos danosos podem passar despercebidos ou serem considerados como simples brincadeiras (apelidos, xingamentos, exclusão de atividades).
A gravidade do bullying está relacionada ao mal que pode causar a vítima.
Como saber se o seu filho sofre bullying?
As crianças muitas vezes escondem dos adultos por não saber como enfrentar o agressor. Precisam da percepção apurada dos pais para a superação do problema.
As perguntas abaixo sobre seu filho ajudam a refletir sobre o assunto:
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Ele reclama das brincadeiras?
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Tem motivação para ir a escola?
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Fica triste com facilidade?
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Tem amigos?
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Existe nele alguma característica que o faria vítima (física ou psicológica)?
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Mostra-se intolerante, alterando o humor repentinamente?
Os pais também podem observar o comportamento do filho fora de casa, perguntar aos amigos, professores, sobre como andam as coisas na escola.
Os pais devem interferir caso desconfiem, porque o bullying não prejudica apenas no presente, mas pode acompanhar pelo resto da vida em forma de trauma, abalando a autoestima e a autoconfiança.
Outra questão a ser avaliada pelos pais é se a criança é muito agressiva, porque ela pode ser autora de bullying.
Neste caso a própria criança também precisa de auxilio, pois pesquisas tem mostrado que o comportamento desmedido pode continuar a crescer no decorrer da vida adulta levando a deliquência.
Apenas uma pergunta: Qual o pai e a mãe que ao fazer de tudo por um filho gostaria de no futuro vê-lo delinquente?
Comportamentos da vítima
Algumas características são importantes de serem observadas, embora possam estar relacionadas a fase da adolescência, ou até mesmo ligada a outras situações de estresse e problemas psicológicos.
De toda a forma é bom olhar com mais atenção se a criança apresentar:
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Mudanças repentinas no humor;
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Falta de ânimo;
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Doenças psicossomáticas;
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Dificuldades em prestar atenção;
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Nervosismo;
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Depressão;
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Impulsividade;
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Introspecção;
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Frustração;
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Queixas físicas como cansaço, dor de cabeça, mal estar no estômago...
Características do agressor
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Tem atitudes agressivas e se mantem no controle do bullying por meio de ameaças, forçando a vítima ficar em silêncio.
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Possui de alguma forma mais poder ou força que a vítima;
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O agressor é aquele que acusa a vítima de ser responsável pelo abuso e maltrato, que por sua vez se sente culpada por ser feia, gorda, fraca...
Praticar o bullying não faz bem ao agressor, que por vezes também pode ter problemas psicológicos.
O que os pais podem fazer para ajudar?
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Incentivar em casa o respeito as diferenças, quer seja racial, cultural, econômica;
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Ficar atentos caso desconfie que o filho seja o autor ou a vítima de bullying, também interferir neste sentido;
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Os pais não podem agir com indiferença como se não estivesse acontecendo nada, também não devem estimular no filho este comportamento;
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Tentar esclarecer a criança de que não deve culpar-se pelo que aconteceu;
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Procurar ajuda profissional caso perceba que o problema persiste.
De que forma a escola pode ajudar na situação?
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Esclarecendo sua posição referente a atos desmedidos;
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Promovendo junto com os educadores atividades criativas que tratem sobre o problema;
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Tomando medidas necessárias quando verificar que supostas brincadeiras já passaram dos limites.
Bullying pela Internet
Outra prática também comum é o Cyber Bullying, que se refere a expor a vítima publicamente na internet de forma humilhante e caluniosa.
O pior nesta forma de bullying é que o agressor não é facilmente identificado, devido utilização de perfil falso.
O alcance na rede costuma ser bem maior - acompanhado de seus danos.
O que pode acontecer com a vítima?
A vida da vítima poderá sofrer alterações ao longo do tempo.
O bullying abala a autoconfiança e a autoestima de qualquer pessoa.
Muitos comportamentos de risco no adulto como o uso de drogas, tentativa de suicídio e comportamento delinquente, relaciona-se a experiência de bullying na infância.
Algumas vítimas mudam de local, na esperança em deixar de sofrer bullying, mas tudo se repete novamente.
O que muitas vítimas desconsideram é que pode ser o próprio comportamento passivo, que as predispõem a sofrer as agressões.
A pessoa que é vítima precisa de apoio e atenção para o seu problema. Em casos necessários deve procurar amparo jurídico, médico e psicológico.
Não se pode apagar o que viveu, muito menos esquecer de uma hora para outra o que aconteceu.
Mas do ponto onde não há mais retorno, dá para se traçar um novo objetivo e escrever uma nova história.
Focar nos traumas do passado priva-nos de amadurecer e crescer, para a vítima é importante pensar sobre isto.
Pensamentos negativos fazem sofrer, pensamentos positivos fazem vencer.
“A sabedoria para aprender com as experiências é como uma porta que nunca se fecha, como um mar que nunca se esgota, um céu cheio de estrelas a percorrer a profundeza das reflexões.”
Maria Cristina Santos Araujo
COMPOSIÇÃO DO BULLYING
Vítima – Aquele que sofre as agressões
Espectador – Aquele que assiste as agressões e não se intromete
Agressor – Condutor dos atos
